Manta térmica no auxilio da termorregulação das colonias

.          Sabemos hoje que quando a temperatura ultrapassa os 35ºC as abelhas necessitam de mais água para a termorregulação interna das colonias, porém em um periodo de seca as fontes de água se tornam escassas ou de dificil acesso para essa e outras atividades.

.          Com essas altas ondas de calor que estamos vivenciando nos ultimos dias juntamente com a seca, onde a primeira onda trouxe uma debilitação das abelhas que acabaram tendo suas crias mortas por desidratação, e na segunda onda um agravamento da situação onde grande parte das colonias que estavam no sol acabaram abandonando seus ninhos, deixando grande quantidade de alimento para tras. É por esse motivo que muitos apicultores ao visitar seus apiários se deparam com uma grande quantidade de abelhas mortas em frente ao alvado, caracteristicas que se assemelham com a mortalidade por agroquimicos, caixas sem abelhas com apenas reserva alimentar e até mesmo encontram alguns pequenos enxames com a rainha sentados em galhos proximos aos apiários.

.          Avaliando toda essa situação, venho experimentando o uso de mantas térmicas de dupla face empregadas como uma subcobertura entre os favos e a tampa ou até mesmo entre os favos e o alimentador de superficie, desde que o alimentador esteja vazio fazendo com que a manta reflita melhor o calor. Tenho obtido resultados satisfatórios, onde a manta térmica consegue evitar a saida da umidade e temperatura interna da colmeia, ao mesmo tempo que evita a entrada da massa de calor, facilitando assim o trabalho das abelhas com a sua termoregulação, salvando praticamente 100% dos enxames mesmo estando diretamente sob o sol.

Essa manta térmica pode ser encontrada em qualquer loja de materiais de contrução, onde a mesma vem em rolos de até 50m como apresentado na imagem ao lado, tendo um custo inferior a R$ 5,00 por colmeia.

 

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Como podemos observar na imagem ao lado, encontramos as abelhas em plena produção na soja mesmo com as altas temperaturas e a grande seca.

Autores: Aldo Machado dos Santos e Lucilene de Mattos Almeida

Fonte: Post Aldo Machado